Conheça a trajetória do maestro Artemio Tibola no Coral da URI/FW

O coral esteve sob regência do professor por quase 30 anos

Frederico Westphalen
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Isabela Vanzin da Rocha
31/03/2023

Em março de 1994, a URI, Câmpus de Frederico Westphalen, iniciou o projeto de criação do Coral Infanto-Juvenil da Escola da URI, para o qual contratou o professor Artemio Antonio Tibola como músico regente. Um ano depois, em 15 de março de 1995, o maestro Artemio realizou o sonho de criar o Coral da URI, iniciando sua trajetória de quase três décadas na universidade.


Na época, o sucesso e reconhecimento dos coros foram imediatos, conforme conta o maestro. “Iniciou-se, ali, uma história que acompanhou, vivenciou e foi a “alma” da URI, como dizia o saudoso diretor Edemar Girardi. O Coral da URI é a alma da universidade, sangue do meu sangue, o pulsar do meu coração, raiz, planta e fruto de um trabalho que fizemos juntos com muito carinho e dedicação, em um tripé em que cada elemento contribuiu com a melhor qualidade: direção, cantores e maestro”, relata Tibola.


Em março de 2023, o professor Artemio, que acompanhou o Coral da URI em significativas apresentações em formaturas, semanas acadêmicas, simpósios, aniversários dos municípios da região, principais feiras, exposições e eventos regionais, como festividades natalinas, se despediu do grupo, deixando aos músicos do coro seu legado de tocar corações com a música.


Ao comentar sobre as memórias que ficam, Tibola comenta que é difícil resumir quase 30 anos de coral, com uma média de 30 apresentações por ano. “Fica difícil reviver as emoções que vivemos e compartilhamos, lembrar os cantores e cantoras que deram sua preciosa colaboração para o sucesso do Coral. As lembranças são vagas, as emoções esmaecidas, as longas e divertidas viagens são um painel que passa vagarosamente em nossas lembranças”, explica.


Além de criar e dirigir o Coral da URI, o maestro também foi responsável por outros 12 corais adultos a quatro vozes, 15 corais infantis e infanto-juvenis, cinco corais de terceira idade e cinco grupos vocais em toda a região. Tibola destaca alguns momentos como importantes feitos do coral durante sua regência:


- Fomos convidados especiais para a Abertura da Semana Farroupilha no Palácio Piratini. Na posse da Diretoria da URI, em Santo Ângelo, cantamos para a então Primeira Dama da República, Ruth Cardoso. Abrilhantamos a Abertura do Carijo da Canção em Palmeira das Missões, a abertura da Fecoarti em Santiago. Fomos parceiros da Banda do Exército de Santo Ângelo em diversas ocasiões, de Dante Ramon Ledesma em vários eventos regionais e em várias partes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, bem como na gravação do CD “Canção Com Todos”, da Rede Vida na gravação do DVD histórico do coral, depois de termos cantado na Beatificação dos Mártires do Rio Grande, e da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, na Catedral de Frederico Westphalen. Participamos do Galpão Crioulo em Ametista do Sul, realizamos vários shows temáticos, tendo o último o tema Anos 60. Ao longo dos 28 anos de atividades, o Coral venceu 11 festivais no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Fomos os organizadores dos Festivais da Federação de Coros do Rio Grande do Sul, dos Festivais Universitários de Corais e dos Festivais da Liga Oestina de Corais e da Liga Alto Uruguai de Coros. O prêmio mais significativo que o coral recebeu foi pelo conjunto de sua obra, o prêmio Destaque Da Cultura Gaúcha, em 2004, concedido pelo Governo do Rio Grande do Sul.


O sonho de grandes feitos com o coral, que teve sucesso e reconhecimento imediato, fez parte da carreira do professor Artemio, e continuará como um marco em sua trajetória. “O Coral da URI representou um pequeno e significativo momento na história da minha vida, um testemunho de que, acima do talento, vale a dedicação, a perseverança, a liderança e o trabalho. Sou muito feliz por ter sido a alma da família URI”, conclui Tibola.

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