Egressa de Engenharia Civil recebe Prêmio Pesquisa e Inovação GeoJovem

Frederico Westphalen
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Isabela Vanzin da Rocha
02/09/2022

A egressa de Engenharia Civil da URI, Câmpus de Frederico Westphalen, Elisangela Aparecida Mazzutti, foi premiada em um dos mais importantes eventos da área e a maior premiação da área de Geotecnia do país, o Prêmio Pesquisa e Inovação GeoJovem, organizado pela Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS). A honraria de primeiro lugar foi recebida pela elaboração do projeto “Estudo do Comportamento Hidromecânico do Lodo de Estação de Tratamento de Água para Aplicação em Aterros Sanitários”.


Sobre a pesquisa

O projeto que estuda a aplicação de lodo proveniente da estação de tratamento de água (LETA) em aterros. Assim, é capaz de resolver dois problemas: encontrar um destino para rejeitos gerados e obter material para uso em camadas de aterros, para fins de estabilização de um solo frequentemente utilizado para aterros e obras municipais, verificando a melhoria das características e propriedades do solo estabilizado com diferentes porcentagens de lodo para aplicação em camadas de impermeabilização de fundo e cobertura final, diminuindo custos e atenuando impactos ambientais.

O estudo surgiu há cerca de dois anos, devido ao processo de tratamento da água da cidade de Frederico Westphalen, que estava gerando benefícios sociais e econômicos, mas ao mesmo tempo gerando impactos negativos, sendo um deles o lodo gerado no tratamento. “Essa grande produção de lodo, atrelada à preocupação ambiental do destino final, instigou a busca por formas adequadas de gestão, principalmente na construção civil”, conta Elisangela.


Participação na premiação

A participação de Elisangela na premiação iniciou em 2020, quando a ABMS divulgou as inscrições para a premiação, com o objetivo de reconhecer e premiar ideias inovadoras de jovens na área de Geotecnia. “Tínhamos uma pesquisa robusta sendo realizada nos laboratórios de Engenharia Civil e acreditamos que tínhamos potencial para concorrer com as melhores universidades do país. Para a inscrição, com o auxílio da URI, gravamos um pequeno vídeo sobre a pesquisa que, devido à pandemia, foi liberado em maio deste ano para votação do público por meio de curtidas no YouTube e por jurados”, a engenheira explica.

O projeto foi um dos finalistas mais votados para a segunda fase, para a qual foi apresentado e avaliado por jurados e público, durante o Cobramseg 2022, maior evento de Geotecnia do país, que ocorreu em Campinas/SP entre os dias 23 e 26 de agosto. Segundo Elisangela, receber a honraria foi imensamente gratificante. “Não apenas pela premiação material, mas também por toda a visibilidade que tive frente às empresas que estavam no evento. Após receber o prêmio, diversas instituições, inclusive multinacionais, vieram conversar comigo, aumentando meu networking, e inclusive recebi ofertas de trabalho. Estou muito feliz por ser a primeira GeoJovem da história, e ter recebido o maior prêmio nacional da área. Mostra que estou no caminho certo e que isso é só o início de uma grande jornada”, comemora.


Atualmente, Elisangela estuda o comportamento de Estacas Trocadoras de Calor no mestrado na Universidade Federal do Paraná, e desde seu primeiro ano como estudante de Engenharia Civil, demonstrou interesse na área de pesquisa, recebendo prêmios em duas edições do Seminário Institucional de Iniciação Científica, Inovação e Tecnologia da URI, e também sendo reconhecida pelo seu Trabalho de Conclusão de Curso.

O orientador da pesquisa, professor Rodrigo André Klamt, destaca a importância da premiação tanto para Elisangela, como pesquisadora, quanto para ele, como orientador. “O prêmio vem a ser o auge da pesquisa de graduação na área geotécnica no país, e isso demonstra o potencial que temos na região e na URI. A pesquisa em si é inovadora na região, e o resultado obtido nacionalmente demonstra a qualidade e o potencial do curso de Engenharia Civil da URI/FW, visto que estivemos concorrendo diretamente com as principais instituições do país”, observa Klamt.

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