Engenharia Elétrica: palestrante da Aula Magna fala sobre a profissão

Foi realizada ontem, 03, na URI – FW a III Aula Magna do curso de Engenharia Elétrica que teve como tema “A Engenharia Elétrica e os desafios da inovação tecnológica”. O palestrante foi o professor Dr. Jordi Zaragoza Bertomeu, da Universidade Politécnica da Catalunya – Espanha, que orienta o professor da URI – FW, Fabricio Hoff Dupont, que está concluindo o seu doutorado naquele país.

Bertomeu é mestre em Engenharia Eletrônica e Automática Industrial e PhD em Engenharia Elétrica e, em entrevista à Assessoria de Comunicação da URI, falou sobre a profissão, áreas promissoras e perfil dos estudantes que almejam se tornarem Engenheiros Eletricistas. Confira:

ENTREVISTA

Assessoria de Comunicação: O que te levou a estudar Engenharia Elétrica?

Professor Jordi Zaragoza Bertomeu - Foi motivação. Desde pequeno, gostava desmontar as coisas, observar. O conhecimento é o que motiva, e o poder de realizar as coisas, de criar. Não gosto das coisas mecânicas. Realizo-me com a evolução e o progresso de descobrir coisas novas.

Quais são as principais características para um estudante que está se preparando para ser um profissional da Engenharia Elétrica?

A principal característica seria o idioma, saber inglês. A base que faz muita falta para um engenheiro. Pela simples razão que a maioria da origem dos materiais vem de origem inglesa, onde o manual está em inglês, isso seria o principal. O segundo seria uma boa formação, conhecer todas as matérias que vão desde o desenho, até as partes técnicas e também os dispositivos neste caso os sistemas pertinentes – eólicos e solares –, isso seria o principal.

Pensando nas áreas de atuação, tanto em Brasil quanto em Espanha, quais são as mais promissoras?

Tanto no Brasil como em toda a América do Sul, entendo que atualmente a parte de maior crescimento é a parte renovável. Em Catalunya temos muitos estudantes que vem do Equador e do México, com o principal interesse de estudar sobre as energias renováveis. Na Europa, estão as energias renováveis e agora também carro elétrico. O preço do petróleo em Europa está mais elevado, muito mais que aqui no Brasil.
Lá também o preço de um carro normal e elétrico é praticamente o mesmo, somente tem um acréscimo de 10% no valor total, mas o governo incentiva a compra desses modelos (elétrico) com descontos nos impostos. Mas por ser elétrico gastará menos combustível, e em quatro anos a diferença de preço valerá a pena.

É uma área que o Brasil deveria investir mais?