Observatório Econômico do curso de Ciências Contábeis lança Relatório Cesta Básica

Frederico Westphalen
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Isabela Vanzin da Rocha
21/10/2021

O Observatório Econômico do curso de Ciências Contábeis da URI, Câmpus de Frederico Westphalen, torna público o Relatório Cesta Básica, que observa e compara os valores da Cesta Básica Alimentar – Ração Essencial Mínima do município, entre os meses de agosto e setembro de 2021. O projeto é coordenado pela professora-doutora Tamara Silvana Menuzzi Diverio, que conta com a colaboração do professor-mestre Luiz Gustavo Zuliani da Silva e das bolsistas Adriana Mazzutti, Maisa Marchesan Strack, Priscila da Rosa e Silvia Marli Kempka.

 

Segundo o relatório, a Cesta Básica Alimentar do município de Frederico Westphalen apresentou aumento de 3,03% no mês de setembro de 2021 comparado ao mês de agosto, passando a custar R$ 577,00. Também denominada Ração Essencial Mínima, ela é composta por treze itens de gêneros alimentícios básicos necessários à alimentação diária do trabalhador adulto: feijão, arroz, farinha, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, margarina, tomate, café e batata, conforme definido com base no Decreto-Lei n° 399/38 de 30/04/1938, que aprova o regulamento para execução da lei n. 185, de 14 de janeiro de 1936, que institui as Comissões de Salário Mínimo.

 

Observou-se que, dos treze produtos que compõem a Ração Essencial Mínima, o arroz foi o item que apresentou maior redução (6,69%), cujo preço médio passou de R$ 5,01/kg em agosto para R$ 4,68/kg em setembro. Outros produtos que tiveram comportamento semelhante foram: banana (4,67%) e feijão preto (2,10%).

 

Por outro lado, o maior aumento de preço foi do tomate longa vida, apresentando aumento de 14,96%. O preço médio em agosto, R$ 5,62/kg, passou para R$ 6,49/kg em setembro. Na mesma linha, o pão francês que em agosto custava em média R$ 8,87/kg aumentou para R$ 9,62/kg em setembro, seguido pelo açúcar cristal que aumentou 5,36%.

 

O Relatório Cesta Básica também analisou o valor da Ração Essencial Mínima com o Salário Mínimo, e observou-se que o aumento do custo proporcionou queda no poder de compra do trabalhador.

 

Segundo o Observatório Econômico, o comprometimento da renda, que era 55,34% em agosto, aumentou para 57,02% no mês analisado, tomando-se como referência o salário mínimo líquido de R$ 1.012,00 (após descontar 8% de contribuição previdenciária do salário bruto). Assim, constata-se que restou R$ 435,00 para atender às demais necessidades básicas como água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer, entre outros. Cabe salientar que de acordo com o artigo 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais: “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”.

 

Para ler o Relatório Cesta Básica na íntegra, clique aqui.