Projeto Minerva-Toth está criando uma rede social para aproximar pesquisadores
Plataforma on-line, apoiada pela URI/FW, possibilitará aos usuários que armazenem e divulguem fichas de leitura sobre obras e autores
Uma iniciativa promete criar um espaço on-line propício para que os amantes da literatura e os pesquisadores acadêmicos possam trocar ideias sobre obras e autores. Trata-se do projeto Minerva-Toth – comunidade de leitura, apoiado pela URI, Câmpus de Frederico Westphalen, que está desenvolvendo uma plataforma pública e gratuita para compartilhamento de fichas de leitura.
Batizado com os nomes dos deuses romano e egípcio da sabedoria, o Minerva-Toth tem como proposta criar um ambiente na internet no qual estudantes e leitores em geral possam armazenar suas anotações sobre as obras que estão lendo. A ideia é permitir que as pessoas tenham um local para depositar suas fichas de leitura de maneira organizada e prática, facilitando o processo de pesquisa acadêmica e a consulta a anotações. Todas as fichas serão formatadas automaticamente de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Uma rede social para compartilhar ideias
Uma das apostas do projeto para atrair usuários é a possibilidade de compartilhar ideias com outros pesquisadores. No Minerva-Toth, os leitores poderão guardar suas fichas de leitura em sigilo ou então torná-las públicas para que os demais usuários da comunidade de leitura acessem e interajam com as anotações de outras leituras. Fichas colaborativas, desenvolvidas por mais de um usuário ou leitor, também serão permitidas.
A equipe de pesquisadores gestora do projeto Minerva-Toth acredita que a plataforma atende a diversas necessidades de estudantes, em todos os níveis de ensino, e leitores. Além de servir como repositório, o Minerva-Toth pode ajudar investigadores a qualificarem suas pesquisas e leituras por meio da troca de ideias com outros leitores que também leem as mesmas obras e autores.
Para o coordenador do projeto, o professor e doutor em Educação Claudionei Cassol, a comunidade de leitura Minerva-Toth é uma possibilidade de armazenamento de fichas de leitura, de facilitadas edições e compartilhamentos, se houver interesses das pessoas que leem. “A constituição de uma comunidade de leitura é o grande motivador, uma vez que há uma sensível desvalorização da dimensão científica e das relações humanistas com potencialidades de mobilização do conhecimento e dos debates e diálogos que proporcionam crescimento individual e impacto sociocultural”, frisa o doutor.
O projeto Minerva-Toth conta com o apoio financeiro do MCTI e do CNPq que, em edital público, em 2023, através da Chamada Universal Chamada CNPq/MCTI Nº 10/2023, manifesta também a preocupação com o enriquecimento dos projetos de pesquisa e o fomento ao mundo da ciência com preocupação social.
– Ainda que estejamos construindo um sistema de informação, o projeto como um todo envolve pesquisadores de diversas áreas que contribuem para a construção de uma plataforma capaz de contribuir com estudantes e leitores de todas as áreas do conhecimento. Temos uma equipe de doutores com pluralidade curricular que, junto à equipe técnica, auxiliam na identificação das necessidades e demandas que os pesquisadores, leitores e demais usuários têm ao construírem suas fichas de leitura – frisa Cassol.
Plataforma será pública e gratuita
Com prazo para conclusão é em 2026, o projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Embora ainda não esteja aberto para cadastro de usuários, o site que hospedará a rede social está no ar e pode ser acessado através do link: http://minervatoth.com.br/.
Segundo o cronograma do projeto, assim que o desenvolvimento for concluído, a plataforma será disponibilizada ao CNPq e ao MCTI, que podem disponibilizar o sistema para toda a população, em universidades e escolas, por exemplo. “A disponibilidade pública e ampla para a comunidade científica e de leitores, cumpre a função social da ciência e a popularização do conhecimento, dos diálogos e fomenta a formação permanente”, explica o docente.
Segundo Cassol, doutor em Educação nas Ciências, e professor no PPGEDU da URI, a comunidade de leitura Minerva-Toth integra leitores dos mais plurais níveis de formação e autentica a preocupação pública do CNPq e do MCTI com a popularização da ciência. Nesse sentido, a Plataforma Minerva-Toth ficará hospedada na URI, nesse primeiro momento, e, como é projeto com recursos públicos, ficará à disposição do CNPq para os usos que avaliar mais significativos.
Além do financiamento do CNPq e do MCTI, o projeto Minerva-Toth conta com o apoio de pesquisadores do Grupo Biosofia (Pesquisas e Estudos em Filosofia) da URI/FW, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu – Mestrado e Doutorado em Educação da URI/FW e da Associação Científica Medeia, de Cerro Grande.
*com informações do jornalista João Victor Gobbi Cassol