Terapia Ocupacional leva cuidado que transforma vidas para unidades de saúde

Profissional do SUS atua para promover autonomia e inclusão social, indo além do tratamento de doenças

Frederico Westphalen
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Adriana Folle
27/10/2025

Um cuidado que transforma a rotina e promove autonomia está ganhando espaço nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país. A atuação do terapeuta ocupacional, prevista na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), fortalece o SUS com ações que enfocam a prevenção, a promoção da saúde e a qualidade de vida da população.

O trabalho desse profissional vai além do tratamento de doenças. Na prática, ele observa como cada pessoa realiza suas atividades em casa, no trabalho, na escola ou na vida social, e propõe estratégias para superar dificuldades. O apoio pode variar desde o acompanhamento de uma criança com atraso no desenvolvimento até orientações para que a pessoa idosa mantenha a independência em suas tarefas cotidianas.

– O terapeuta ocupacional atua para que as pessoas consigam viver com mais autonomia, independência e qualidade de vida. Reconhecer a Terapia Ocupacional na Atenção Básica é valorizar o cuidado que enxerga além da doença e aposta na dignidade de cada cidadão – frisam as estudantes do curso de Terapia Ocupacional da URI/FW, Daniele Ganzer e Micheli Inês Basso.


A atuação se estende também à comunidade, com a promoção de oficinas, grupos de convívio e orientações que fortalecem os vínculos sociais e melhoram a acessibilidade nos espaços coletivos. Esse trabalho é realizado em conjunto com outros profissionais das UBS, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, criando uma rede de cuidado integral.

A inclusão do terapeuta ocupacional nas equipes multiprofissionais torna as unidades de saúde mais acolhedoras, inclusivas e humanizadas. O cuidado passa a integrar, de forma mais ampla, aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais dos usuários.

- A presença desse profissional na porta de entrada do SUS representa um avanço na consolidação de um sistema de saúde mais completo, que não espera a doença se instalar, mas atua de forma preventiva para garantir o bem-estar da comunidade – explica a professora do curso de Terapia Ocupacional da URI/FW, Bruna Maziero.


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