1º de Outubro: Dia do Idoso

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Profª Eliane Cadoná - Curso de Psicologia URI/FW
01/10/2015

“Passam-se os anos e o que fica são as marcas de um tempo vivido, sentido, vencido” Cecília Sfalsin


O processo de envelhecimento, mesmo que não admitido, culturalmente, enquanto parte do nosso cotidiano, acompanha-nos todos os dias da vida. Com o acúmulo de tecnologias exacerbadas para “mantermos a juventude” e talvez “iludir-nos com a vida eterna”, esquecemos que mudanças em nossa existência incluem o processo de envelhecimento e, com o tempo, a constituição de uma etapa da vida que deve ser olhada, como todas as outras, em sua particularidade: a velhice.

 Ao acumular conhecimentos e práticas no campo da saúde, a humanidade possibilitou o prolongamento da vida e, a partir daí, deparamo-nos com o aumento da população idosa no Brasil e no mundo. No dia primeiro de outubro de 2003, ciente dessa realidade, o Estado Brasileiro, por intermédio da Lei nº 10.741, institui o Estatuto do Idoso, com fins de garantir direitos específicos às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

Vale ressaltar que a referida Lei destaca algo que a Psicologia, enquanto ciência, tanto prima: que o direito à saúde, à autonomia e aos cuidados necessários nessa etapa da vida seja assegurado à população idosa. Valioso para a ciência psicológica, o conceito de autonomia implica no exercício de ações que impulsionem um fazer que olhe para as pessoas em suas potencialidades e particularidades, proporcionando-lhes espaços para que desenvolvam plenamente suas vidas, desejos e relações.

No referido documento, ressalta-se ainda que é dever da família, da sociedade, da comunidade e do Poder Público assegurar ao idoso e à idosa a efetivação do direito à vida, alimentação, educação, cultura, lazer, trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, respeito, convivência familiar, comunitária e saúde.

Embora tais questões acima destacadas sejam elementares quando falamos em direitos das cidadãs e dos cidadãos do nosso Brasil, muitas vezes não destinamos às idosas e aos idosos a devida atenção e cuidados que merecem. Por vezes, esquecemos que quem um dia cuidou do futuro da nação hoje também precisa ser cuidado/a e olhado/a em suas fragilidades, potencialidades e demais particularidades.

Neste dia primeiro de outubro, Dia do Idoso e da Idosa, destacamos a necessidade de percebermos que temos o dever de garantir uma vida plena e feliz a essas pessoas. Que, por sua experiência de vida, devemos a elas não somente respeito, mas espaços para que possam compartilhar suas ricas trajetórias e, assim, possibilitar outros sentidos para as vivências, compartilhando-as na relação entre eles e a sociedade.

A todos os idosos e a todas as idosas, parabéns pelo seu dia!
 

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