Acessibilidade e Universidade

URI FW
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Gherusa Cassol - Assessoria de Comunicação URI/FW
14/07/2016

A oportunidade de trabalhar na URI-FW chegou através de uma simples conversa. Um amigo de Jonas Gonçalves contou a ele que na Universidade, tinha vaga e chance para ele trabalhar. Aos 21 anos, concluindo o terceiro ano do Ensino Médio Jonas decidiu tentar. E conseguiu.

Mas por que isso é importante? É que Jonas é portador da Distrofia Muscular de Duchenne*, é uma doença hereditária (ligada ao cromossomo X) e degenerativa. E age de forma muito rápida. Jonas descobriu a doença aos 14, e aos 21 depende da cadeira de rodas adaptada para se locomover.


Mas isso não foi problema nem empecilho para começar a trabalhar. Desde junho, ele é auxiliar administrativo na Escola Básica da URI. Todos os dias, chegar e sai do trabalho sem dificuldades. O acesso a sala, é conseguido de forma suave e o trabalho desempenhado tranquilamente. A única dificuldade mesmo é vencer a timidez.


Quando eu soube da vaga, pedi para minha Mãe vir ver. Depois eu só fiz a ficha  a entrevista e comecei a trabalhar. E estou gostando”, diz Jonas em tom de voz baixo sem tirar os olhos da tela do computador, enquanto segue preenchendo os formulários em mais uma tarde de serviço.


Já Patrícia Dallabrida se mostra mais à vontade para contar a experiência de um ano no setor Financeiro da URI-FW. Formada em Ciências Contábeis pela Universidade e deficiente auditiva, foi aqui que ela teve a oportunidade de exercer uma função ligada a sua formação.  Ela conta que as dificuldades foram superadas com a ajuda dos colegas.

A calma para entender e explicar, deu à ela a segurança para continuar. “Estou muito satisfeita com a possibilidade de trabalhar aqui, com uma equipe que me acolheu e tem me ajudado a crescer. Aprendo coisas novas e estou evoluindo profissionalmente. E como pessoa, estou feliz por ter colegas bons que me aceitaram e tem tido paciência comigo”, conta Patrícia.


E a recíproca é verdadeira. Mas foi alcançada com calma, orientação e superação. É o que conta Fabrina Cavalli, gestora do setor Financeiro. Quando soube da vinda de Patrícia, ela soube também que todos precisariam se adaptar à nova realidade. Mas as orientações e o acompanhamento da equipe do Núcleo de Acessibilidade da Universidade ajudaram a transformar preocupação em realização.


Fabrina conta que precisou aprender novos hábitos cotidianos para poder ajudar a nova colega.   Um deles foi aprender a conversar sem mexer as mãos para não confundir o entendimento da nova colega. Mas o que chama atenção no relato de Fabrina é a emoção ao narrar a mudança pessoal que ela viveu a partir da convivência com uma pessoa portadora de necessidades especial.


“Eu passei pelo momento do medo. Mas hoje a minha preocupação é de tentar motivá-la a fazer mais, de mostrar que ela é capaz. Hoje ela é uma peça importante na nossa engrenagem. E quando ela diz que é difícil, eu digo, não, a gente vai fazer juntas
”, conta Fabrina emocionada.


O Jonas e a Patrícia fazem parte de um grupo de 22 funcionários  e 13 acadêmicos da Universidade que apresentam alguma deficiência e são acompanhados pelo Núcleo de Acessibilidade. O Núcleo é um dos