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Atendimento a queimados é tema da Aula Inaugural

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Gherusa Cassol - Assessoria de Imprensa URI/FW
19/03/2019

A preocupação com a formação humana e qualificada é uma constante na prática do ensino superior da URI/FW. Trabalhar questões profissionais e éticas para estimular os acadêmicos é uma das formas de mostrar as possibilidades de exercer as atividades escolhidas como profissão.


Por isso, os cursos de Enfermagem e Fisioterapia realizaram na tarde desta terça-feira, 19, a Aula Inaugural com o tema “Atendimento ao paciente grande queimado: atuação multiprofissional”, e contou com a presença do Diplomado de Enfermagem da URI/FW, Thiago da Silva Fontana, que atua no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, na unidade de queimados e da Fisioterapeuta Anna Aracy Barcelos Ourique, que trabalha no Centro Integrado de Atendimento às Vítimas de Acidentes do Hospital Universitário de Santa Maria (CIAVA/HUSM). Também com a sobrevivente da Tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, Renata Ravanello.


Antes de falar aos acadêmicos dos cursos de Enfermagem e Fisioterapia, Thiago contou que a atividade de atendimento de enfermagem aos pacientes vítimas de queimaduras é uma assistência de alta complexidade.


Como é uma atividade muito específica, normalmente os acadêmicos não tem esse assunto como módulo de estudo durante a faculdade. Hoje já se pode dizer que a queimadura é um problema de saúde pública. Tendo em vista os problemas que causam à população”, explica ele.


Foi justamente pela necessidade de profissionais da saúde para atendimento das vítimas de um dos maiores acidentes com vítimas queimadas do Brasil, que a Fisioterapeuta Anna Ourique se mudou de Porto Alegre para Santa Maria, em 2013 e acabou se especializando nessa área.


Comecei a trabalhar no Centro Integrado de Atendimento às Vítimas de Acidentes do Hospital Universitário de Santa Maria que foi criado para atender esses pacientes que estavam tendo alta e não tinham onde serem atendidos. Foi quando eu comecei a trabalhar com os pacientes queimados, e foi uma demanda muito grande. Porque em menos de três meses, nós recebemos 34 grandes queimados. Por isso, nós tínhamos que dar um bom atendimento para esses pacientes para evitar sequelas. Em função disso, eu me dediquei a estudar e me especializei o que me rendeu reconhecimento nacional”, conta a Fisioterapeuta.


Os acadêmicos participantes do evento também assistiram o depoimento da jovem Renata Ravanello. Ela é uma sobrevivente da tragédia da Boate Kiss, ocorrida em janeiro de 2013.


Renata contou que teve alta dos tratamentos necessários para se recuperar das queimaduras apenas no fim de 2018. Ela relata a importância dos cuidados que recebeu, especialmente na área da fisioterapia.


Eu sou sobrevivente da Boate Kiss. Desde 2013 eu faço acompanhamento lá (no Centro Integrado de Atendimento às Vítimas de Acidentes do Hospital Universitário de Santa Maria). Eu fui atendida pelo CIAVA, eu ganhei alta no finalzinho do ano passado. Eu sou paciente da Anna, que é a palestrante hoje aqui. Então a gente tem um longo caminho pela Fisioterapia, desde a minha internação até a minha alta e todo esse período. É muito importante, porque se eu não tivesse tido a oportunidade de ter os atendimentos de fisioterapia, eu não teria recuperado todos os meus movimentos. Eu

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