Cesta Básica passa a valer 60,12% da renda do trabalhador

Observatório Econômico de Contábeis da URI/FW fez o levantamento dos preços dos produtos, avaliando maio e junho

Frederico Westphalen
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Isabela Vanzin da Rocha
12/07/2022

O Observatório Econômico do curso de Ciências Contábeis da URI, Câmpus de Frederico Westphalen, publicou o Relatório Cesta Básica de junho de 2022, que observa e compara os valores da Cesta Básica Alimentar do município, entre os últimos dois meses. Segundo os dados divulgados, foi apresentada uma redução de 1,25% no valor comparado a maio da cesta básica, passando a custar R$670,36.

Também denominada Ração Essencial Mínima, a cesta básica do brasileiro é composta por 13 itens de caráter alimentício, considerados de necessidade básica à alimentação diária do trabalhador adulto: feijão, arroz, farinha, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, margarina, tomate, café e batata.

Na pesquisa, foi observado que, dos 13 produtos, a batata inglesa branca foi o item que apresentou maior redução, 16,07%. O preço médio passou de R$6,15/kg, em maio, para R$5,16/kg em março. Outros produtos que tiveram comportamento semelhante foram a banana, com redução de 12,04%, e o tomate longa vida, 9,88%.

Por outro lado, o maior acréscimo de preço foi do leite integral UHT, apresentando aumento de 39,39%. O preço médio em maio, R$4,98/l, passou para R$6,95/l em junho. Da mesma forma, a margarina, que em maio custava em média R$17,91/kg, passou para R$18,80/kg em junho, seguido pelo açúcar cristal que aumentou 0,91%.


Cesta Básica e Salário Mínimo

O relatório também analisou o valor da Ração Essencial Mínima em relação ao salário mínimo. Foi constatado que a redução do custo proporcionou leve aumento no poder de compra do trabalhador. O comprometimento da renda, que era 60,88% em maio, diminuiu para 60,12% no mês analisado. Assim, restou R$444,68 para atender às demais necessidades básicas como água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer, entre outros.

Ainda segundo o relatório, o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os itens da cesta básica por um trabalhador remunerado com um salário mínimo passou de 133 horas e 56 minutos em maio, para 132 horas e 16 minutos em junho, representando 60,12% da jornada de trabalho.


Sobre o relatório

O projeto é coordenado pela professora-doutora Tamara Silvana Menuzzi Diverio, que conta com a colaboração do professor-mestre Luiz Gustavo Zuliani da Silva e das bolsistas Adriana Mazzutti, Maisa Marchesan Strack, e Silvia Marli Kempka, além do coordenador do curso, professor-mestre Alzenir José de Vargas.

Como referência para a análise, a base foi o salário mínimo líquido de R$1.115,04 (após descontar 8% de contribuição previdenciária do salário bruto). Cabe salientar que, de acordo com o artigo 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais: “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”.

Para ler o Relatório Cesta Básica na íntegra, clique aqui.