CURSOS DE LICENCIATURAS DA URI: POR UMA SOCIEDADE MAIS INCLUSIVA
A inclusão expressa a necessidade de uma educação para todos, centrados no respeito e valorização das diferenças, em todos os locais da sociedade. Mantoan (2002) nos ensina que inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. Então, a educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção.
Uma escola inclusiva deve estar preparada para enfrentar o desafio de oferecer uma educação de qualidade para todos, sem discriminação e exclusão, considerando que, cada ser humano tem uma especificidade, uma característica diferenciada, um conjunto de valores únicos e constituindo ritmos de aprendizagens diferentes. O desafio está em trabalhar com essa diversidade, construindo um novo conceito de ensino-aprendizagem, de uma maneira que promova e viva a inclusão.
Nesse contexto, a disciplina de Educação Inclusiva I e a disciplina Diversidade e Inclusão na Educação, ministradas pela professora Juliane Cláudia Piovesan compartilharam, nesta semana, um momento de diálogo e aprendizagens.
Primeiramente, a história de vida da família da acadêmica Letícia Mazzonetto. Os avós e o tio José (que possui Síndrome de Down) participaram da aula on-line e contaram a trajetória de José. No dia 24/12/1960, às 23h, véspera de Natal, na cidade de Frederico Westphalen/RS nasceu José Mazzonetto. Ao nascer, os pais e médicos perceberam que a criança tinha Síndrome de Down. Uma surpresa para a família, era o irmão caçula, numa família de 10 irmãos. Morou sempre com seus pais, na comunidade de Pedras Brancas, interior de Frederico Westphalen/RS, onde sempre foi bem aceito. Frequentou a escola da comunidade, mas não se adaptou a rotina escolar, era inquieto e não ficava muito tempo dentro da sala de aula, relataram. Com o passar dos anos, o irmão mais velho de José, Ivaldino Luiz Mazzonetto e sua esposa Aneli Maria Vitalli Mazzonetto foram morar com eles, para auxiliar no cuidado. Após o falecimento dos pais, José continuou morando com seu irmão. Hoje com 59 anos ainda vive na mesma casa, junto com seu irmão e sua cunhada que estão com 79 anos e cuidam dele com muito amor e carinho, sempre preocupados com seu bem-estar. José é uma pessoa querida por todos que estão ao seu redor. Frequenta as festas das comunidades, vai à Igreja, assiste jogos, gosta de escrever, de tocar violão e ajuda nas tarefas domésticas, arrumando sua cama, a mesa, varrendo a casa e limpando o quintal.
Após, os acadêmicos dos Cursos de Letras, Pedagogia e Matemática elaboraram charges/histórias sobre a inclusão, para colocar nas redes sociais, com o intuito de conscientizar que somos todos diferentes e precisamos, a cada dia, de mais respeito e humanidade.
Como diz Mantoan (2002) “você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser”. Assim, a inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social, pelo gênero, pela cor ou outros, que, que tenham seu espaço de direito na sociedade. Precisamos respeitar, ter empatia, viver e conviver com mais amor, sensibilidade e solidariedade.