Entrevista com o palestrante da última etapa do Ciclo de Estudos em Educação em 2015
O Ciclo de Estudos em Educação teve sua última etapa na sexta-feira, 02. O tema “Ensino Médio Inovador: Desafios Contemporâneos” foi conduzido pelo professor Dr. José Clovis de Azevedo, Docente no Programa de Pós-Graduação, Mestrado Profissional em Reabilitação e Inclusão e no Curso de Pedagogia do centro universitário metodista, do IPA.
Confira a entrevista concedida pelo conferencista à Assessoria de Comunicação da URI – FW:
Quais seriam as responsabilidades sociais quando falamos em Ensino Médio em transformação?
Prof. José Clovis - Existem responsabilidades em todos os níveis, eu sempre chamo a atenção que os resultados negativos que possam ter na educação não significa que tenha que se colocar a culpa a este ou aquele, não existe culpa, existem responsabilidades e se estas responsabilidades não forem assumidas afetam o resultado final. Então cabe ao Estado propor inovação, uma política educacional de mudança e criar as condições para que isso se desenvolva: condições de trabalho necessárias dentro das escolas, a formação permanente dos professores e aos professores cabem assumir uma política de formação, querer participar efetivamente e rever suas práticas com senso crítico sobre o funcionamento da escola, e também aos pais necessidade de acompanhamento e estímulo e aos alunos desenvolver o senso de disciplina, de comprometimento, que também é papel do Estado, dos pais e dos professores desenvolverem, mas o aluno precisa desejar. A escola também precisa ter mecanismos e desenvolver projetos que envolvam esses alunos para despertarem este desejo.
Quais seriam os principais mecanismos que as escolas precisam desenvolver e quais os principais desafios?
Prof. José Clovis - É possível desenvolver bem um projeto mesmo com recursos limitados, claro que isso não significa que ele vai ter o mesmo sucesso, mas ele vai ter sucesso. Temos exemplos de projetos educacionais que foram feitos debaixo de árvores, em locais precários da Ásia e da África. Mas não estamos falando nestes países, mas no Brasil, que já está em outro patamar, e o que é necessário: as escolas terem laboratórios adequados, acesso às novas tecnologias, um espaço físico agradável e estimulador, condições necessárias. E também que os professores sejam bem pagos, tenham bons salários, consigam ter uma subsistência digna. Todos estes fatores são deficientes, então existe uma série de dificuldades para que os projetos inovadores se consolidem, embora eles sejam necessários e possíveis. O fato de os professores assumirem uma nova proposta e terem obstáculos nas condições de trabalho faz com que eles tenham uma consciência maior e tenham condições de pressionar mais para que estas condições aconteçam. Temos um problema na educação, ela é prioridade máxima em época de eleição, junto com saúde e se