Furnas de Ametista como espaço de ensino e aprendizagem
Escola realizou visita ao local
O estudo da geologia é um segmento importante do ensino da Geografia. No ensino médio a geologia é recorrente nos três anos. O terceiro ano analisa a estrutura geológica do Brasil, no segundo ano faz-se uma relação da formação geológica com as riquezas minerais e fisionomias de relevo dos principais países do mundo. Porém, é no primeiro ano do Ensino Médio que os conceitos da geologia são especificamente trabalhados e elaborados, desde estruturas, formas de relevo, formação das rochas, dimensões mineralógicas, etc.
Pensando nisso, a professora da disciplina de Geografia, Andréia Janice Piovesan do Ensino Médio da URI, organizou uma visitação à cidade de Ametista do Sul – RS, com o objetivo de observar in loco, as formações geológicas locais, por meio do passeio por furnas de extração da pedra ametista, bem como, atividade no Museu da Pedra. Também acompanharam os alunos os professores Ederson Cadoná e Márcia Dalla Nora.
Segundo a professora Andréia os alunos puderam observar a fisionomia do relevo, presente em boa parte da região Norte do estado do RS, e em demais áreas do país, onde as formações planálticas predominam. Além disso, o principal foco foi à análise da formação da pedra ametista e sua relação com o derramamento vulcânico que “lavou” o planalto meridional brasileiro a milhões de anos atrás.
Para a mesma, foi possível identificar a rocha basáltica e, entre essas rochas as formações de pedra ametista, cuja formação se deu pelo processo de cristalização de gases que compunham a atmosfera no momento do derramamento vulcânico. O basalto em processo de fusão (lava vulcânica), resfriou-se e solidificou-se rapidamente, aprisionando esses gases entre as rochas e cristalizando de forma mais lenta. O tempo de solidificação desses gases interferiu decisivamente na coloração da pedra preciosa, que em tonalidades mais escuras, recebe valor comercial.
A professora sinaliza a importância de analisar concretamente conceitos teóricos, dos quais a construção via observação e abstração, gera um significado mais amplo, tornando mais significativa a formação geográfica da educação básica, preparando os educandos para aplicar esses conceitos nas mais diversas áreas do conhecimento.