MEC reforça formação presencial em Arquitetura e Urbanismo
Com a medida, cursos exclusivamente a distância passam a ser vedados

O ministro da Educação, Camilo Santana, homologou no dia 10 de julho as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Arquitetura e Urbanismo. A assinatura foi feita em Brasília, durante solenidade com a presença do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e de representantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).
As novas diretrizes atualizam o documento em vigor e reforçam a exigência de formação presencial em atividades essenciais da graduação, como ateliês de projeto, laboratórios, estágio supervisionado, extensão e Trabalho Final de Graduação (TFG). Com isso, cursos exclusivamente a distância passam a ser vedados. “A homologação das novas diretrizes curriculares é uma vitória histórica. Moderniza o curso e reafirma o papel do arquiteto e urbanista em temas urgentes como a crise climática”, afirma o ministro.
A presidente do CAU/BR, Patrícia Sarquis Herden, celebrou a homologação após quase uma década de articulações. “Estamos comemorando essa vitória histórica depois de anos de debate e sucessivas atualizações do texto. No ano passado, conseguimos construir uma versão de consenso, que hoje foi oficialmente assinada. Essas diretrizes vão nortear e renovar o olhar sobre a formação em Arquitetura e Urbanismo no Brasil”, frisou.
Para o conselheiro federal Fábio Muller, coordenador da Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR, a homologação marca uma virada no ensino da profissão. “Foi um trabalho coletivo, amadurecido ao longo de anos, que eleva a formação em Arquitetura e Urbanismo a um novo patamar. O ensino está na base de uma atuação qualificada e essa diretriz é um marco para a profissão”, menciona.
O presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), entidade integrante do CEAU-CAU/BR, Carlos Eduardo Nunes Ferreira (Cadu), destacou o impacto das mudanças. “Avançamos quase 20 anos em relação ao que previa a diretriz anterior. Questões como mudanças climáticas, inovações tecnológicas, direito à cidade e assistência técnica em habitação de interesse social agora fazem parte da formação. É um avanço que deve ser comemorado por professores e estudantes em todo o país, disse.
URI
A coordenadora do curso na UREI/FW, Lucimery Dal Medico, ressalta que a homologação das novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Arquitetura e Urbanismo é um marco importante para a formação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios das cidades contemporâneas.
– A formação presencial é fundamental para a preparação desses profissionais, pois permite a interação direta com professores e colegas, o desenvolvimento de habilidades práticas e a aplicação de conceitos teóricos em projetos reais. As disciplinas norteadoras da formação, como Projetos e Ateliê, Laboratórios, Estágios Supervisionados, Extensão e Trabalho Final de Graduação (TFG), são essenciais para que os estudantes de Arquitetura e Urbanismo desenvolvam as competências necessárias para projetar e planejar cidades sustentáveis e resilientes – destaca Lucimery.
Diante das adversidades climáticas que afetam nossas cidades, o papel do Arquiteto e Urbanista é fundamental para reestruturar e adaptar os espaços urbanos às necessidades atuais e futuras. “A formação presencial é, portanto, crucial para que esses profissionais possam desenvolver as habilidades e conhecimentos necessários para enfrentar esses desafios e criar cidades mais sustentáveis e habitáveis”, finaliza a coordenadora.