Mestranda do PPGEDU realiza trabalho e pesquisa em Moçambique

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Philipe Pires - Jornalista MTb 15.325 - Setor de Comunicação URI/FW
04/06/2019

Valéria Pinheiro, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da URI/FW chegou em Moçambique no dia 14 de maio deste ano. Além de ser membro da Organização Humanitária Fraternidade sem Fronteiras, ela coordena o projeto “Arte sem Fronteiras” que já realizou diversas atividades no país.

 

Na Universidade Pedagógica, Valéria cursou a disciplina de Arte Design Comunicação Multimídia, ministrada pela Profª. Dra. Andréia Machado Oliveira. Valéria destacou que vai para Moçambique já faz algum tempo e entre essas várias vezes lá com seu Projeto Arte sem Fronteiras, atendeu crianças e jovens que são acolhidos na Fraternidade sem Fronteiras, que em Moçambique atua com 10 mil crianças, sendo que muitas delas se alimenta apenas uma vez ao dia. 

 

- Atuo com meu trabalho em algumas localidades, atendendo em torno de 28 aldeias da região, cuidando de crianças. Essas crianças cresceram dentro da ONG e a preocupação do nosso Presidente era continuar instruindo elas dando possibilidade de continuar a estudar -, relatou Valéria.

 

Valéria ainda nos contou em entrevista que lá eles fazem o batik africano (uma técnica de tingimento de tecidos) e a cerâmica, materiais esses que são vendidos para auxiliar na educação das crianças.

 

- Quando eu comecei a fazer o Mestrado em Educação a minha pesquisa foi na cidade de Frederico Westphalen e também dentro dessa área, onde pesquiso arte e educação para crianças e jovens de baixa renda que se encontram em situação de vulnerabilidade social.  Fiz em Frederico na Escola Maria Falcon a minha pesquisa e pude perceber que tanto no Brasil, como em Moçambique, que a arte pode agregar transformar e ajudar na formação desses indivíduos e nesses espaços não formais de educação -, contou Valéria, acerca de suas pesquisas.

 

Fome, doenças,  casas de barro, sofrimento e ausência de serviços de necessidades básicas da população moçambicana, foram alguns dos relatos que a mestranda trouxe como dificuldade e ao mesmo tempo o combustível que motiva sua pesquisa que vem alterando a realidade dos jovens através da arte.

 

 

Valéria ainda conta que a África é uma experiência única e não tem comparação com outros lugares. “Tem  uma questão muito séria lá que deveria ser pensada e se ter algumas políticas voltadas para pelo menos amenizar esse sofrimento. Uma coisa que me chama muito atenção lá, é a questão realmente do povo, eles tem muita gratidão e eles têm por todas as coisas, por ser um povo muito alegre muito festivo, um povo que tem uma cultura muito grande, muito bela, então eles nos ensinam a compartilhar e partilhar todos os dias, essa gente dá o pão que tem no dia, eles nos fazem repensar os valores”.

 

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