O que você precisa saber sobre a nova variante do vírus causador da Covid-19

Surgida no Reino Unido, a nova variante do SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, vem causando preocupação nas autoridades e na população. Registrada em pelo menos 17 países, incluindo o Brasil, a mutação apresenta algumas diferenças em relação ao vírus “original”, porém não significa necessariamente que é mais perigosa do que a cepa que deu início à pandemia. Mas, afinal, o que é preciso saber sobre a nova variação?
Para responder a essa pergunta, o coordenador do curso de Farmácia da URI, Câmpus de Frederico Westphalen, doutor Carlos Eduardo Linares Blanco, destacou informações importantes sobre o que se sabe até agora sobre a mutação do vírus.
A nova cepa é mais perigosa?
Sim e não. A nova variante do vírus SARS-CoV-2 foi registrada no Brasil pela primeira vez em 31 de dezembro de 2020, pelo Ministério da Saúde. Assim, pouco se sabe sobre ela, mas, segundo Blanco, o sequenciamento genético permitiu identificá-la como sendo a mesma variante da Inglaterra e Estados Unidos. “Dentre as informações até agora apuradas, parece que a variante apresenta uma transmissibilidade de até 70% maior que a anterior, no entanto, não parece causar maior mortalidade”, afirma o professor da URI/FW.
Há mudanças em relação aos cuidados preventivos?
Até agora, não. Até o momento não foi notificado pelo Ministério da Saúde, mudanças quanto aos cuidados para essa variante. Seguem os mesmos: distanciamento, uso de máscaras, lavagem das mãos, isolamento dos contaminados, uso de álcool gel e deixar os ambientes ventilados.
As vacinas produzidas até agora são eficazes contra a nova variante?
Sim. Como a nova variante apresenta mutações sutis, as vacinas desenvolvidas até agora são capazes de prevenir a população. “O sistema imunológico do hospedeiro imunizado consegue reconhecer a nova variante. Em caso de mutações mais complexas, os sistemas de desenvolvimento das vacinas poderão fazer adaptações para as novas variantes. Isso já ocorre no desenvolvimento de vacinas para outros vírus”, explica o professor da URI/FW.
Os testes para detectar o vírus são capazes de identificar a nova variante?
Sim. De acordo com Blanco, “apesar das mutações poderem vir a ser um problema no futuro, os métodos atuais são capazes de detectar a nova variante. Cabe salientar que uma vez ocorrido mutações no vírus, os métodos de detecção também vão sendo aprimorados”.
Assim, mesmo no caso da nova variante, os métodos de testagem empregados atualmente conseguem identificar a presença do vírus. É o que ocorre com os testes aplicados no Laboratório de Análises Clínicas da URI/FW, que disponibiliza dois tipos de exames para detecção do SARS-CoV-2. Confira como eles funcionam:
Método imunocromatográfico
Com resultados em até 60 minutos, o exame é destinado a pessoas que tenham suspeita de infecção pela Covid-19 ou que apresentem sintomas de infecçã