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Palestrante do Simpósio Nacional de Educação concede entrevista

O professor Dr. António Nóvoa (Universidade de Lisboa), estará presente no VIII Simpósio Nacional de Educação e II Colóquio Internacional de Políticas Educacionais e Formação de Professores.
Em entrevista concedida por e-mail à professora Dra. Edite Maria Sudbrack, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado em Educação, o congressista falou sobre temas pertinentes à educação. Confira.
Entrevista:
Prof. Edite - Em sua obra “Professores: Imagens do futuro presente”, o senhor defende o papel do professor como insubstituível na promoção da aprendizagem, na inclusão social e na utilização de novas tecnologias. Como atender desafios tão complexos?
Prof. António Nóvoa - Estamos a assistir ao fim da “era escolar”, ao fim de um modelo de escola que foi inventado há 150 anos (em meados do século XIX) e que se revela incapaz de responder aos grandes desafios do século XXI. Hoje, precisamos de uma educação que promova novas formas de aprendizagem e que seja capaz de dar uma formação de base, cultural e científica, a todos os alunos. Já não nos basta “uma escola para todos”, precisamos de “uma escola onde todos aprendam”. As tecnologias podem ser um instrumento fundamental para concretizar novos modos de aprendizagem e de inclusão social. Mas as tecnologias, por si só, não resolvem nenhum problema. Só através de uma nova atitude educativa e pedagagógica conseguiremos estar à altura do nosso tempo.
Prof. Edite - Em seus textos, o senhor argumenta que vivemos em um tempo de certezas frágeis, e de complexidade em todos os níveis, e que voltamos a uma antiga questão: O que é o bom professor? Poderia problematizar os diferentes atributos que compõem este bom professor?
Prof. António Nóvoa - É uma pergunta sempre difícil, apesar de ter sido feita tantas vezes ao longo da história. Mas talvez seja possível ensaiar três respostas. Em primeiro lugar, insistindo na relação dos professores com o conhecimento e na sua capacidade para promoverem a aprendizagem. Em segundo lugar, sublinhando que o compromisso primeiro dos professores é com “os alunos que não querem aprender”, isto é, com os alunos mais frágeis e com mais dificuldades. Em terceiro lugar, acentuando a importância, nos tempos actuais, de termos professores que sejam capazes de trabalhar em equipa, de construir colectivamente projectos educativos coerentes.
Prof. Edite - As Universidades sofrem a crítica de uma formação docente predominantemente teórica e acadêmica. Para fazer frente a esta crítica, os cursos de licenciatura no Brasil, passaram a tem 800h de prática de ensino e de estágio supervisionado. Como é a situação em Portugal? É suficiente mudar a base legal?