Pedagogia realiza diálogo com docentes da Educação infantil e Anos Iniciais

Frederico Westphalen
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Isabela Vanzin da Rocha
10/11/2021

O curso de Pedagogia da URI, Câmpus de Frederico Westphalen, promoveu na segunda-feira, 8, um momento de diálogo com docentes da educação infantil e anos iniciais que fez parte das atividades da disciplina de Didática: Organização da Prática Pedagógica na Educação. Além das alunas do curso, participaram do evento as professoras Emanuelle Froner, Edinéia Piovesan, Roze Lara Grassi, e Carine Barimarquer.

 

A proposição, orientada pela professora Juliane Cláudia Piovesan, objetivou discorrer sobre as seguintes reflexões: O que é ser professor? Como precisa ser o planejamento, execução e avaliação nas etapas da educação infantil e dos anos iniciais? 

 

Para a professora Emanuelle Froner, o amor é o que move o trabalho dos professores nos dias de hoje. “O planejamento precisa ter flexibilidade, pois nem sempre irá acontecer da forma como imaginamos”, lembra. Também aborda o caráter humano das relações entre professores e alunos, que são os sujeitos do processo e dessa maneira devem aprender algo fundamental, a conviver com o outro ao qual configura-se nos momentos de brincadeiras e encontros da criança com outras crianças.

 

A professora Roze Lara Grassi comentou sobre a importância do dinamismo do professor em sala de aula: “Ele deve ser criativo, lançar mão de todos os instrumentos ao seu redor para proporcionar uma aula cada vez mais interessante e lúdica ao aluno. Dessa forma, o aluno é protagonista e configura-se como um pequeno cientista que consegue fazer ligações entre o que aprende na sala de aula e sua realidade concreta, ampliando novos horizontes ainda inexplorados”, explica. Para ela, a avaliação é o caminho e jamais deve ser classificatória nessa fase do desenvolvimento do sujeito, pois este encontra-se em um processo constante de construção e reconstrução de si mesmo. Dessa maneira, a aprendizagem precisa ser prazerosa e partir do interesse do aluno, com a mediação do professor, aprendendo de forma a partilhar o que já sabem para buscarem saber mais.

 

Na opinião da professora Carine Barimarquer, é importante considerarmos o aspecto comportamental e sócio emocional das crianças, o que foi impossibilitado durante o período de pandemia e ensino remoto. “Só foi possível conhecer meus alunos e suas necessidades reais quando os vi todos na sala de aula, ou seja, a importância do contato presencial com o discente e suas formas de expressão para assim partir de um ensino que leve em conta todos os aspectos dos sujeitos para sua formação efetiva e progressiva”, frisa.

 

A professora Edinéia Piovesan falou sobre a sua experiência na Educação Infantil e a importância do desenvolvimento motor e sensorial nesta fase da vida da criança. A docente também abordou sobre as expectativas dos pais com o desenvolvimento dos filhos, pois na educação infantil, o aprender da criança se faz no ato de brincar. “Dessa maneira, o aluno não deve ser um depósito, mas fazer parte do seu processo de ensino aprendizagem que deve ser espontâneo, lúdico e prazeroso para ele”, comenta.

 

Segundo a acadêmica Maria Luiza Bueno Dos Santos, o diálogo com as professoras foi esclarecedor e inspirador. “Na conversa com professores de escolas públicas e privadas, foram abertos novos horizontes e expectativas a partir do contato com a realidade delas e o amor pela educação. Podemos perceber como ocorre o processo de planejamento, o buscar de novas metodologias, o lúdico e saber trabalhar nos momentos divergentes, aprender por meio disso, o avaliar a si mesmo e aos alunos de modo construtivo e processual. Foi um momento que pude ver o quão maravilhoso e acolhedor é ser professor”, enfatiza.

 

A professora Juliane Piovesan destacou que foi um momento de aprender com os saberes da prática conectando com a teoria aprendida na disciplina. É fundamental a relação Universidade e Educação Básica para o aprendizado das acadêmicas, sendo um caminho de construção. E como enfatiza Freire (1997, p. 155), “Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.”