Primeira edição do Diálogo Covid trata de situação nos hospitais, testes e conscientização

O momento mais crítico da pandemia na região de Frederico Westphalen foi o tema da primeira edição do Diálogo Covid, evento promovido pela URI, Câmpus de FW, na noite de quarta-feira, 3. A conversa, transmitida pelo Facebook da URI/FW, teve participação do médico-pneumologista e intensivista do Hospital Divina Providência (HDP), Jorge Alan Souza, e do doutor em Bioquímica e professor da URI/FW, Carlos Eduardo Linares Blanco. O debate foi mediado pela professora-doutora Marines Aires, coordenadora do curso de Enfermagem da URI/FW.
Em pouco menos de uma hora de conversas, os especialistas trataram da situação caótica na qual se encontram a maioria dos hospitais do Estado e da região. Além disso, Jorge Alan falou sobre o perfil dos pacientes que estão precisando de atendimentos em UTIs e como cada um deles reage à Covid-19.
– As pessoas mais velhas a gente vê que demora um pouco mais o processo de evolução da doença. As mais novas, por terem uma resposta inflamatória mais rápido, pioram mais rapidamente também. Mas isso é muito variado, há pessoas com muitas comorbidades que a doença não faz nada e há jovens sem comorbidades que precisam ser entubados. O que a gente tem que fazer é não pegar a doença. Para quem pega, é uma roleta-russa. Nem com o melhor hospital do mundo, com o melhor médico, com o melhor respirador, não há garantia de que a pessoa irá sobreviver. Nós estamos fazendo de tudo, mas às vezes isso não está sendo suficiente – relata o intensivista do HDP.
Especialista nos métodos de testagem, Blanco falou sobre a importância de realizar testes e de como isso impacta na evolução da pandemia.
– Esses exames estão avançando, progredindo, eles trazem um retorno positivo para que a pessoa saiba está com o Covid, para que possa tomar as devidas providências, que se conscientize. Hoje, o que se observa cada vez mais são jovens com sintomas e agravamento. Até a metade do ano passado isso ocorria com grupos bastante específicos, os jovens estavam “livres”. Com a mudança desse cenário, aqui está a prova de que baixamos a guarda demais e vamos pagar caro, infelizmente, por isso – enfatizou o professor da URI/FW.
No fim da conversa, os profissionais solicitaram que a população compreenda a gravidade desse momento crítico. Marinês ainda comentou sobre a situação das equipes de saúde e enviou uma mensagem de apoio.
– Cabe reiterar um apoio, uma força, uma coragem e uma esperança para nossos profissionais de saúde que estão na linha de frente, e à toda a equipe de apoio também que está dentro dos hospitais sobrecarregada, desde o pessoal que trabalha com a sanificação, que limpa. É um momento de organização e apoio da sociedade nesse combate. Precisamos reduzir esses números de forma urgente, e a única maneira de mudarmos esses d