Profissionais da saúde fazem apelo à população na 2ª edição do Diálogo Covid

Médica coordenadora de UTI e enfermeira da atenção básica relataram realidade do sistema de...

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João Victor Gobbi Cassol
19/03/2021

Promovido pela URI, Câmpus de Frederico Westphalen, com objetivo de informar a comunidade sobre a pandemia a partir de debates envolvendo pesquisadores e profissionais, o evento Diálogo Covid teve mais uma edição na noite de quarta-feira, 17.

A live, transmitida pelo Facebook da URI/FW, contou com a presença da médica intensivista e coordenadora da UTI do Hospital Santo Antônio, de Tenente Portela, Bárbara Lima, e da enfermeira da Estratégia de Saúde da Família de Frederico Westphalen, Julia de Moura Quintana.

A conversa, mediada pela professora-coordenadora do curso de Enfermagem da URI/FW, Marines Aires, teve como tema “relatos da linha de frente”, contando com falas das especialistas que descreveram a situação encontrada pelos profissionais de saúde da atenção básica às UTIs. Ao longo da conversa, Bárbara e Julia contaram sobre a rotina nas casas de saúde e as adaptações que foram realizadas no atendimento aos pacientes de Covid-19 durante o período da pandemia.

Estratégia para preservar equipes
Responsável pela unidade de saúde Ayres Cerutti, onde são concentrados os atendimentos e a testagem de pacientes com suspeita de Covid-19 em Frederico Westphalen, Julia explicou a estratégia por trás de centralizar o atendimento.

– No início da pandemia, vocês devem lembrar, existia a orientação de que, se a pessoa tivesse sintomas leves, ficasse em casa, até pelo fato de que não havia muitos testes. Hoje, nós orientamos a população que, quando houver sintomas respiratórios, que procurem a unidade Ayres Cerutti. Ainda hoje, depois de um ano, nós somos a referência em testagem Covid no município. Definimos que íamos manter essa unidade referência para preservar as outras equipes de saúde e ter o menor número de profissionais expostos.

A enfermeira também descreveu que a situação vivida hoje é bem diferente daquela observada ao longo do ano passado. Se antes havia um leito de observação na unidade para pacientes que estavam com sintomas, agora há sete leitos e fila de espera. Diante dessa realidade, Julia criticou o comportamento das pessoas que descumprem as medidas de isolamento.

– Um problema enorme que existe é daquelas pessoas que estão assintomáticas, que acham que não têm o Covid e seguem uma vida normal como se não houvesse pandemia. Não fazem o distanciamento social e muitas vezes, quando descobrem a Covid, já fizeram aglomeração ou já visitaram familiares com comorbidades. Esse descumprimento das regras não é só de quem está positivo, mas da população em geral – descreveu.

Cuidados para além da Covid
Com as UTIs lotadas, Bárbara – que coordena os trabalhos na UTI do Hospital de Tenente Portela – lembra que os cuidados a serem tomados vão além de prevenir a contaminação pela Covid-19. Hoje, quem precisar de qualquer tipo de atendimento de terapia intensiva n&

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