Programa de Sucessão Rural: O empreendedor rural e regional do futuro

O Curso Superior de Tecnologia em Agropecuária da URI/FW é pioneiro da Pedagogia da Alternância no ensino superior e destaque na promoção da sucessão familiar rural

Frederico Westphalen
Imagem Notícia

Lucas Postal / Supervisão: Isabela Vanzin da Rocha
27/09/2023

Mais do que um trabalho de curso, um projeto inteiro de vida. Na manhã de terça-feira, 26, alunos do Curso Superior de Tecnologia em Agropecuária da URI, Câmpus de Frederico Westphalen, apresentaram seu Projeto Profissional e de Vida, o trabalho final do Tecnólogo. Seu desenvolvimento se dá por meio da total inserção na realidade da agricultura regional a fim de uma viabilização técnica, econômica, ambiental e social de sua unidade de produção agropecuária, já que o Tecnólogo faz parte do Programa Regional de Formação na Sucessão Familiar Rural. O curso superior prepara o empreendedor rural do futuro por meio da Pedagogia da Alternância, em que as aulas acontecem na universidade a cada 15 dias.

De acordo com o coordenador do curso, Luís Pedro Hillesheim, a metodologia consiste em alternâncias de tempos e espaços. “Nela você intercala períodos de estudos na universidade, com períodos de estudo na propriedade rural. Este momento em que o aluno está na instituição de ensino é justamente para refletir e teorizar acerca da prática vivida no campo. Por sua vez, quando está em sua propriedade rural, o estudante observa, avalia e empreende novas possibilidades, fruto do momento inicial de estudos em sala”, destaca o docente.

           Esta metodologia tem dado resultados significativos. O estudante Altair Cézar Martins, do Município de Pinheirinho do Vale, pretende continuar em sua propriedade – onde trabalha com bovinocultura de leite –, sucedendo seus pais na atividade rural, desejando até mesmo ampliá-la. O acadêmico relata uma mudança de visão acerca de sua própria realidade, graças ao ingresso no curso. “Conseguimos ver detalhes sobre a questão da produção que não víamos antes e isso é possível por esse contato com pessoas diferentes, que têm conhecimento”, afirma.

Essa relação entre a comunidade e a universidade, além de ser um grande diferencial do Curso Superior de Tecnologia em Agropecuária, também é notável no Projeto Profissional e de Vida, como complementa o coordenador Luís Pedro. “Ao final da graduação, o aluno não tem só um Trabalho de Conclusão de Curso, ele tem um trabalho que é a inserção profissional dele no mundo, na sociedade”, finaliza Hillesheim.