Psicologia lembra o Dia da Luta Antimanicomial

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Assessoria de Comunicação URI-FW
18/05/2016

O dia 18 de maio é marcado pela luta antimanicomial. Trata-se de um movimento social de usuários, familiares, trabalhadores do campo da saúde mental, que defendem que as pessoas em sofrimento psíquico precisam ser ouvidas, e que são merecedoras de um tratamento humanizado e respeitoso.


Partindo desse propósito, o Curso de Psicologia, juntamente com os acadêmicos do sétimo semestre, realizou atividades relacionadas a essa temática, com o intuito de dar ênfase à luta antimanicomial e aos seus propósitos, junto à comunidade acadêmica.


A Carta de Bauru, documento redigido durante o II Congresso Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental, realizado em dezembro de 1987, constituiu-se em um manifesto público a favor da extinção dos manicômios no Brasil. Esse manifesto ocorreu como uma tentativa de repensar o tratamento oferecido às pessoas com transtornos mentais, visto que estas estavam sendo vítimas de procedimentos desumanos, que ocasionavam mais a exclusão do que o cuidado e a produção de autonomia.


A política de atenção à Saúde Mental, no Brasil, passou por importantes e significativas transformações, evoluindo de um modelo hospitalocêntrico para um modelo de atenção diversificada, de base territorial e comunitária. A promulgação da Lei Federal n°. 10.216/2001 e as posteriores medidas e publicações nesta linha redirecionam o modelo assistencial de saúde mental, visando um tratamento atrelado a uma lógica de cuidado, com fins de manter os/as usuários/as próximos da família e da comunidade, agentes estes corresponsáveis pelo tratamento em saúde mental, juntamente com a equipe interdisciplinar de saúde.


A Psicologia reforça sua luta por uma sociedade sem manicômios, e contra todas as formas de opressão social, buscando uma efetiva transformação nas relações da sociedade com os/as usuários/as do Sistema Único de Saúde. Norteia suas ações em uma prática promotora de autonomia e consoante com os princípios e diretrizes da Constituição Federal de 1988, com a Lei Orgânica da Saúde e com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
 

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