URI/FW realiza ações em comemoração à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Frederico Westphalen
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Isabela Vanzin da Rocha
30/08/2021

A URI, Câmpus de Frederico Westphalen, promoveu, durante todo o mês de agosto, atividades em celebração à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A temática do ano de 2021 é “Transformar conhecimento em ação”, e a universidade realizou práticas com os funcionários e participou de atividades com instituições parceiras.

 

As ações da universidade

A primeira atividade realizada foi um encontro com os funcionários com deficiência da URI/FW, ministrado pela professora responsável pelo Núcleo de Acessibilidade, Vanice Hermel, e pela psicóloga do setor de Recursos Humanos, Simone Pinheiro. Durante a oportunidade, os participantes puderam trabalhar questões importantes como a empatia e o trabalho em equipe. 

 

Na sexta-feira, 20 de agosto, aconteceu o lançamento de um projeto que será desenvolvido na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Frederico Westphalen, com alunos que possuam deficiências. O projeto é uma parceria entre o Núcleo de Acessibilidade, a Apae e o Interact Club do município.  

 

Segundo a professora Vanice, a URI enquanto universidade é ferramenta de conhecimento e por esse motivo a parceria com essas instituições foi feita, para que o conhecimento possa se unir à empatia em prol do diálogo sobre a inclusão.

 

Também em parceria com as Apaes da região, a universidade apoiou a live da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, “Isso é ser especial”, que contou com a participação de 13 Apaes da região no dia 22 de agosto.

 

Núcleo de Acessibilidade

O Núcleo de Acessibilidade da URI/FW promove, durante todo o ano letivo, atividades e oportunidades com o objetivo de promover a inclusão e a conscientização. O setor auxilia alunos e funcionários na adaptação e manutenção de seu espaço na universidade.

 

A acadêmica de Ciências Contábeis, Milena Giacomini, possui deficiência auditiva e colará grau no sábado, 4 de setembro. Segundo Milena, no começo da graduação, a adaptação foi difícil, mas conforme recebeu apoio de colegas e amigos, além da professora Vanice e de sua intérprete, se sentiu incluída.

 

“No começo estava muito difícil, eu não conhecia os colegas e professores, foi muito difícil entender os conteúdos, e a intérprete me ajudava mas às vezes ela não sabia também e eu peguei exames várias vezes. Depois, no segundo semestre, conheci alguns colegas e isso me ajudou muito. Consegui entender as atividades e trabalhos e também as matérias. Mesmo assim, tiveram momentos de dificuldade. Muitas vezes eu fiquei brava por causa das dificuldades que sentia em algumas matérias”, relata Milena sobre o esforço no início do curso. 

 

“Cheguei a pensar em desistir, mudar de curso, mas meus pais me disseram para continuar. Eu insisti até conseguir fazer as atividades. Em uma matéria eu reprovei, tive que refazer e finalmente passei. As palestras eu sempre odiei porque eram longas para assistir e me davam sono. Então foi quando fiz uma matéria de Libras com a professora Vanice. Era muito fácil porque eu já sabia tudo, então eu ensinava os colegas e era muito divertido”, complementa.

 

Milena explica que se sentia muito feliz ao participar das aulas com a professora Vanice, e comenta que gostaria de ter mais tempo para passar na universidade. “A professora Vanice sempre me convidava para participar das outras turmas e também dos eventos de Dia da Deficiência. Agora estou me formando e eu vou chorar muito, estou meio triste porque não quero terminar logo. Quero continuar mais um pouco porque fazem quase dois anos que não posso estar com os meus colegas pessoalmente para conversar, estudar, se divertir… Eu queria me divertir mais um pouco com eles antes de me formar”, frisa.


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