URI/FW sedia a palestra “Direitos dos autistas: da infância à velhice”
Smec, com o apoio da Associação Regional de Pais e Amigos dos Autistas – Miguel e universidade promoveram o evento, integrando a Semana da Pessoa com Deficiência

Para ampliar a compreensão sobre os desafios e direitos dos autistas ao longo de todas as fases da vida, promovendo a inclusão e o respeito que todos merecem, aconteceu a palestra “Direitos dos autistas: da infância à velhice”. O evento, realizado no dia 28 de agosto, no Salão de Atos da URI, reuniu cerca de 700 pessoas. A programação, promovida em parceria entre a Secretaria da Educação e Cultura de FW, a Associação Regional de Pais e Amigos dos Autistas – Miguel e a URI/FW, também fez parte da Aula Inaugural do Curso de Direito da universidade.
A palestra da especialista em direitos da saúde, Vanessa Fioreze, fez parte da programação da 4ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A advogada abordou informações atualizadas sobre legislações, mudanças recentes e garantias que envolvem áreas como a educação e a saúde aos autistas.
Durante o evento, Vanessa ressaltou que não é a condição de autista que assegura o direito, pois perante a lei todos os cidadãos são iguais. “É preciso ter um laudo completo para ter mais garantias de conseguir as prerrogativas, ainda mais que temos um dado dos Estados Unidos que a cada 31 crianças que nascem, uma é autista. Então, temos que garantir os direitos durante todas as fases da vida desta pessoa”, explica a palestrante.
Promotores
O presidente da Associação Regional dos Pais e Amigos dos Autistas – Miguel, Tiago Andre Hahn, explicou sobre a função da associação, criada em 1º de dezembro de 2018, mencionou as principais ações desenvolvidas no período e destacou a importância da palestra para aumentar o conhecimento sobre os direitos dos autistas.
Representando o poder público, a secretária municipal de Educação, Maristela Piovesan de Freitas, frisou que a administração conhece a responsabilidade que é assegurar o acesso a esses direitos, por meio de políticas públicas consistentes, contínuas e centradas na dignidade humana.
– Isso significa garantir o diagnóstico precoce, o acesso à educação inclusiva, aos atendimentos educacionais especializados, ao mercado de trabalho e a uma velhice segura e respeitosa. Nosso desejo é transformar nossa cidade em espaço que acolhe, prepara e se prepara para garantir às pessoas um futuro com autonomia e qualidade de vida, em que ser diferente não seja sinônimo de exclusão, mas de pertencimento – justificou Maristela.
Para o coordenador do curso de Direito, Pablo Henrique Caovilla Kuhnen, o momento foi de fundamental importância para acadêmicos de Direito, da área da saúde e comunidade local que lotou o Salão de Atos, na busca por mais conhecimentos sobre os direitos das pessoas com autismo, bem como reforçando a necessidade incessante de empatia de toda a população com esta causa tão nobre.