Valor da cesta básica tem aumento de 4,22%

Observatório Econômico de Contábeis da URI/FW fez o levantamento dos preços dos produtos, avaliando fevereiro e março

Frederico Westphalen
Imagem Notícia

Isabela Vanzin da Rocha
13/04/2022

O Observatório Econômico do curso de Ciências Contábeis da URI, Câmpus de Frederico Westphalen, publicou o Relatório Cesta Básica de março de 2022, que observa e compara os valores da Cesta Básica Alimentar do município, entre os dois últimos meses. Segundo os dados divulgados, o aumento apresentado foi de 4,22% comparado a fevereiro, passando a custar R$ 673,43.

Também denominada Ração Essencial Mínima, a cesta básica do brasileiro é composta por 13 itens de caráter alimentício, considerados de necessidade básica à alimentação diária do trabalhador adulto: feijão, arroz, farinha, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, margarina, tomate, café e batata.

Na pesquisa, foi observado que, dos 13 produtos, o feijão preto foi o item que apresentou maior redução (3,43%). O preço médio passou de R$ 8,36/kg, em fevereiro, para R$ 8,07/kg em março. Outros produtos que tiveram comportamento semelhante foram o açúcar cristal (3,00%) e a carne bovina (0,48%).

Por outro lado, o maior acréscimo de preço foi do tomate longa vida, apresentando aumento de 21,51%. O preço médio em fevereiro, R$ 9,53/kg, passou para R$ 11,59/kg em março. Da mesma forma, o leite integral UHT, que em fevereiro custava em média R$ 3,77/l, passou para R$ 4,33/l em março, seguido pela batata inglesa branca que aumentou 8,36%.

O relatório também analisou o valor da Ração Essencial Mínima em relação ao salário mínimo. Foi constatado que o aumento do custo proporcionou redução no poder de compra do trabalhador. O comprometimento da renda, que era 57,95% em fevereiro, aumentou para 60,40% no mês analisado. Assim, restou R$ 441,61 para atender às demais necessidades básicas como água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer, entre outros.

Ainda segundo o relatório, o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os itens da cesta básica por um trabalhador remunerado com um salário mínimo aumentou de 127 horas e 29 minutos em fevereiro, para 132 horas e 52 horas e 52 minutos em março, representando 60,40% da jornada de trabalho..


Sobre o relatório

O projeto é coordenado pela professora-doutora Tamara Silvana Menuzzi Diverio, que conta com a colaboração do professor-mestre Luiz Gustavo Zuliani da Silva e das bolsistas Adriana Mazzutti, Maisa Marchesan Strack, Priscila da Rosa e Silvia Marli Kempka, além do coordenador do curso, professor-mestre Alzenir José de Vargas.

Como referência para a análise, a base foi o salário mínimo líquido de R$ 1.115,04 (após descontar 8% de contribuição previdenciária do salário bruto). Cabe salientar que, de acordo com o artigo 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais: “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”.


Para ler o Relatório Cesta Básica na íntegra, clique aqui.